inteiros e Frações

inteiros e Frações

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Eu Viverei em Você

Eu Viverei em Você

Eu sei que ninguém pode dividir,
Ninguém pode sentir
Essa sua dor.

Parece que não há quem possa consentir
E sei que ninguém pode dividir
Esse amor.

Eu sei que você não pode rir,
Sei que não quer dividir,
Mas eu sei que
Eu viverei em você amanhã.

Eu sei que você não quer se ferir,
Pretende não sentir
Não quer dividir
Esse amor.

Não vai sorrir
Mas quer consentir,
Pode me ouvir:
Vou lhe conduzir
Para fora dessa dor.

Sei que é difícil prosseguir,
É muito fácil ruir
Munido desse seu episódio torpe de horror.

Viver junto
Não quer dizer que precisa morrer sozinho,
Isolado num ninho
Sem carinho.

Ter humildade
E assumir que errou em sentir,
E pedir um favor
É ter certeza que terei a caridade de assumir
Que vou fazê-la sentir
Um amor que despensa dor.

Quando ouvir
Vai perceber...
Quando sentir
Vai ver.

Caridade...
Não saiu da minha parte
Veio da sua arte:
Do seu brilho
Da sua luz.

Sei que é difícil prosseguir...
Mas quer saber,
Como faço para isso conseguir?
O que me conduz
É a luz
Que sempre pude sentir
E quando você ouvir
Vai sentir:
Que estou dentro de você.

Eu sei que ninguém pode dividir
Pode parecer não convir
Mas quando ouvir
Vais sentir
Vias sorrir...
Eu sou o seu ninguém
E estou vivendo em você.

Cigana

Cigana

Seus olhos verdes são minhas jóias,
Seu sorriso é minha paz,
Sua voz é meu calmante,
Seus abraços são redoma de cristal,
Seu “Eu te amo!” é meu ecstasy,
Sua felicidade é minha função,
Seu beijo é meu vício.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Quebrados

Quebrados

Eu estou tetraplégico
Quando você está em coma,
Quantas vezes eu estive fechado
Quando você esteve aberta...
Quantas vezes,
Estive escancarado
Quando você esteve trancada?

Você nunca me deu um sinal
Nenhum semáforo verde para avançar,
Nunca mostrou se importante.

Em seu olhar
Eu sempre quis isso interpretar
Como uma concessão para te amar.

Você se quebrou,
Pois eu não deixei nunca escapar
Os sentimentos que estive a guardar,
Sempre esteve a esperar
Pelo meu coração
Para que pudesse deixar de sonhar,
Para poder começar a amar.

Eu sei que
Essa nossa omissão,
Não foi por egoísmo
Foi um dos trâmites de algo tão platônico...
E tão maior...
Do que qualquer um de nós.

Receio...
Anseio...
Não que você ou eu fossemos perfeitos,
Porém,
Foi platônico para mim
Tanto quanto foi para você.

Receio...
Anseio...
Não que fossemos perfeitos
Porém, foi platônico ,
De mim
E para mim,
Que irônico esse fim.

Eu corria em sentido contrario ao seu,
Se soubesse que essa raiva
Essa frustração,
Era destinada para mim
Com um fim
De quem sabe um dia
Eu compreendesse
O que se passa no seu coração.

Essa raiva,
Essa frustração,
Me coloca em sentido contrario ao seu,
Transformamos nosso futuro
Numa negação.

Eu me quebrei;
Foi um erro de interpretação,
Eu sempre tive
Acura para minha depressão,
Bem ao alcance
Da minha mão.

Sabe o quanto estúpido
Isso possa parecer?
Se sabe,
Não tem noção de quanto isso
Ainda vai doer;
Sabe quando eu pensei,
Que isso poderia acontecer?

                                                                             Nunca!

Dê Nome aos Bois

Dê Nome aos Bois

Se interrogue sobre suas emoções,
Terão estas algo haver
Com as suas ações?

Coração ferido
Entre vicissitudes e depressões
O cerne corrompido.

Será que ser forte
É acusar a sorte
Pela sua situação?

Será que é solução
Dessa sua sorte,
Se nortear rumo a morte
Para resolver essa condição?

É menos doloroso
Para um coração orgulhoso
Se auto acusar,
Se que para outro absolver
É o melhor a se fazer?

Para cada gota de vaidade
Tenha duas de humildade,
Quando se abater de preguiça...
Saiba que a Recompensa Divina
É medida pela justiça.

O peso da cruz
Se chegou a pesar...
Está nos olhos de quem vê.

Pare de o vidro olhar
Como se só tivesse
O seu reflexo nele para observar,
Ter-se-á pois
Dar nome aos bois
E você verá,
Você será
Um rebanho de um boi só.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Eu Desvendei Todos os Segredos

Eu Desvendei Todos os Segredos

O silêncio queimou até onde deu
Esse autoengano um dia,
Já me convenceu.

Emoções explosivas duram instantes,
Fique fora da minha mente
Fique fora da minha vida
É hora de acordar de um pesadelo;
É hora de queimar minha bruxa.

Eu não vou voltar:
O mesmo erro
Não vou errar.

Sei que algo ainda me prende,
Mas minha vontade de existir
Por si só é maior,
Ver a luz
Em meio a escuridão
Já me faz
Um homem melhor.

É tempo de viver,
É tempo de parar de sangrar,
É tempo de parar de sofrer,
Está na hora de recomeçar.

Eu não vou voltar:
O mesmo erro
Não vou errar;
Mudei o que já senti
Não pactoarei aquilo que já consenti.

Todos os pedaços desse seu
“Eu te odeio!”
Sempre esconderam algo mais.

Eu nunca poderia abraçar
Nunca poderia tocar em um sonho;
Assim como você
Não pode abraçar uma lembrança;
Não pode viver
Nessa esperança.

Eu não vou voltar:
O mesmo erro
Não vou errar,
Pois, eu desvendei todos os segredos.

Irmãos

Irmãos

Nós sem você não pode existir,
Isso não é um questão dicotômica,
Seria o complementar se fundir
Com aquele perfeito que se completa.

Sua queda
É minha derrota,
O seu sorriso
Mostra a nossa vitória.

Estarei a torcer
Para você vencer,
Estarei ao seu lado
Quando tiver que se erguer.

Serei eu o primeiro
A lhe oferecer
Um belo dia pra viver,
Serei o ultimo a lhe jogar
Uma rosa quando morrer.

Faça-se feliz,
Traga orgulho a mim
Pois assim,
Me tornará também, mais feliz.

Continue sempre essa pessoa
Tão doce e meiga
Como sempre foi,
Como eu sempre quis.

Se um de nós se for
Não se acomodar iremos,
Com a dor nada de bom encontraremos,
Com a dor
Nunca será o fim,
Uma vez que carrego...
Um pedaço de você em mim.

Traga orgulho a mim;
Faça meus olhos
Transbordarem de emoção,
Torne-me orgulhoso...
Irmão do Meu Coração.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Os Heróis Também Choram

Os Heróis Também Choram

A luz dos holofotes
Sempre lhe foi demais,
Há certas coisas que
Ele não é capaz.

Ele agora fará
O que todo mundo
Um dia faz.

Não se preocupe,
Não ligue;
Os heróis também choram.

Então,
É hora de extravasar;
Acredite,
Ninguém irá recriminar.

Por você,
Até os holofotes
Poder-se-ão desligar,
Não fique assim pai...
Os heróis também podem chorar.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Coração Desperdiçado

Coração Desperdiçado

Foi como o florescer de um Ipê
O qual eu perdi
E não vi,
Me senti:
Como se me tivesse despedaçado
Como se me tivesse desperdiçado,
Por que?

Foi como um cometa passando
O qual eu perdi
E não vi,
Me senti:
Deslocado
Desconcertado
Atrasado:
Tive a oportunidade,
Não houve maturidade.

Eu me senti:
Arrasado
Atrasado,
E o meu coração...
Desperdiçado.

Marcado no meu destino
Um momento desgraçado,
Um ferimento que ainda,
Não fora cicatrizado.

Mesmo todos dizendo
Que fora melhor assim,
Que fora melhor não começar
Para um dia sentir se fim.

Mas algo me diz
Que o que eu não fiz
Foi o fim,
O meu fim.

Escravo de uma dúvida
E desse coração desperdiçado,
Quem cura?
Quem cuida?

Destino marcado
Coração cansado;
Destino cretino!
Eu continuo indo
E ainda sentindo...
Sinto ainda ser escravo de uma duvida,
Não há certeza
Se vou um dia me curar;
Talvez alguém
Para amar,
Um outro alguém deslocado
Que entenda esse meu coração desperdiçado.

Ignorância

Ignorância

Nosso mundo é podre
E talvez você
Não vá acreditar.

Nosso mundo é um lugar corrupto
E talvez você possa
Com tudo isso, vomitar.

Na sua infância
Talvez você não soubesse
A instância
Nem à distância
A capacitância
A importância
Do meu meio antropisado
Em meio ao ambiente arrasado.

Ignorância
É horrorosa:

Um animal depravado
Com o coração abortado
Está muito ocupado.

Ele dorme enquanto o matam
Ele está muito ocupado
Para estar atento
E acordado.

Ignorância
É horrorosa:

Acordar todo o dia
Sentindo-se feliz:
O salário com as despesas condiz.

Para que se preocupar?
Quando há gente para morrer no meu lugar?
E há também gente para matar.

Se o mundo é depravado,
Mas meu aumento é aprovado
Estarei muito bem,
“Muito bem, obrigado!”

Ignorância
É formosa:

Desgraça!
Genocídio que vidas arrasa
Uma Jihad levando todos à caça
E o Ocidente defende
Promove-o com orgulho, todo contente.

A Guerra ao Terror
Para se acabar com o horror
Não haverá tortura a prisioneiros
Está a se expelir
Apenas amor;
Porque é assim que se deve
Combater o terror.

Ignorância
Tão formosa:

É com muito louvor
Que farei feliz o Senhor
Com meu amor,
Darei o dízimo sem dor,
Perguntarei com toda humildade:
(E não será fingimento de ingenuidade):
“Quanto custou sua Ferrari, Pastor?”

Ignorância
É formosa:

Sociedade falsa
Órfã de mãe e de pai,
Um esposo volta feliz e contente
Para a mulher que lhe trai.

Ignorância
Ah! Como é tão formosa:

Ignorância é ser omisso
Ou promíscuo?
Eufemístico de propósito?
É a duvida entre o maravilhoso
E o horroroso?

domingo, 15 de maio de 2011

Eu a Amei até que Morresse

Eu a amei até que morresse

Eu me lembro mais
Dos ruins do que bons momentos
Eu prefiro ir sem nada
E deixar você com tudo
Tudo não faz mais sentido
Era doce quando estava contigo
Porque você aos meus planos interrompeu
Não tem mais sentido
Desde que você morreu;
Eu te amei até você morrer.

Tudo nesses dias
Tem tonalidades mais escuras
Mesmo dizendo
Que há diguinidade a manter
Mesmo fazendo o sangue escorrer
A diguinidade se deve enaltecer
E talvez você possa vir a entender
Esse sorriso amarelo
Que estou a estender,
Eu a amei até ela morrer.

Com a diguinidade a manter
Fez-se o sangue escorrer
E talvez possa entender
O quão bonito
O sangue pode estar
Com a luz do luar
Naquela possa a se formar,
Eu dei a ela todo o amor do mundo
Eu a amei até o último segundo.

Eu a amei sim!
Entenda:
O que aconteceu
Não foi casual
Eu tinha com ela
Um contrato matrimonial;
Ela era minha
Mas agiu como um bem social
E fazer-se-á a diguinidade,
Por favor entenda!

Compreende agora quem envenena?
Eu a amei até que morresse.

Ela sempre dissimula
Ia pelos cantos
Me envenenava
Deleitava encantos
Disse que me amava
Disse que se importava
Então,
Porque deixou que eu soubesse?

Fazer-se-á a diguinidade
Dever-se-á fazer a igualdade:
Você me matou
Estendo-lhe então
A sentença de proporcionalidade
Eu te amarei
Até que você morra.

Eu sei que para o céu
Eu não irei
Mas sei que no “Outro Lado”
Eu a reencontrarei
Talvez eu a amarei
Mas se a diguinidade
Tiver que manter
Eu a amarei até que possa morrer
Mais uma vez.  

Inferno Privado

Inferno Privado

Eu uso a mim mesmo
Eu me abuso
Secretamente me dolo.

Se eu caio
Apenas caio do cadafalso,
Se sofro
Ainda estarei a sorrir,
Porque eu sou falso.

Eu uso a mim mesmo
Eu me absolvo
Para que possa
Ter esse mesmo desejo hoje à noite,
Pois querer é o primeiro passo
Para cobiçar.

O sonho mostra o que se almeja
Aquela coceira na nuca...
É para aquilo que se deseja.

Eu sou comportado...
Consigo ser moderado...
Posso viver com essa culpa
Passando as noites acordado
Alimentado as lembranças
Do meu desejo saciado
Até que essa lembrança não me sacie mais.

Passo as noites acordado
Porque toda vez em sonho
Há alguém a me acusar
Há sempre alguém
Em algum canto pra me observar...
Alguém para me culpar.

Mas a quem eu estou querendo enganar?
O reflexo do monstro
Que estou a olhar
Não me é estranho ou peculiar
Ele é de mim...
Muito familiar.

É nada mais que
Uma visão realista e particular
Do meu Inferno Privado.

Estou com frio
Estou amarrado
No meu Inferno Privado.

Eu me vendi,
Estou arruinado
Estou acabado
No meu Inferno Privado.

sábado, 14 de maio de 2011

Crônicas na Rodovia

Crônicas na Rodovia

Há muito...
Muito longe do meu caminho
Com os pés calejantes de tanto andar
E nunca sair do lugar
Estacionado estar
Num lugar
Onde os anjos não podem ser ouvidos,
Num lugar onde os pesadelos
Não podem ser contidos...
Eu a vi caminhar.

Era meio-dia
Incontáveis desejos fervilham por seus sonhos,
O sol não mais se escondia
E fritava
Enquanto ela suava
Esperança transpirava
Sentada no encostamento
Da GO-060.

Eu a vi lutando
Sem o intuito de vencer
A vi estudando
Sem o intuito de aprender,
Ela se calou
Sem começar a falar,
Ela faz amor
Mas nunca soube como amar.

Eu passei por ela
Em alta velocidade
Foram frações de segundos
Mas qualquer tem a capacidade de ver:

A separação de dois mundos,
Ela estava presa
Querendo se tornar livre
Livre para ir
Livre pra caminhar
Livre para sorrir
Livre para amar;
Ninguém para lhe impedir,
Te atrapalhar a sonhar.

Há muito...
Muito longe de todos
Que poderiam ajudar
Meu coração ouviu
A voz dela gritar.

As feridas deixam cicatrizes,
Uma página passada
Não pode ser reescrita
Páginas passadas criam raízes
Raízes fortes;
E você não pode voltar
Só lhe resta a folha virar
Descubra uma nova pagina na sua vida...
Construa uma nova história.

Ela está algemada
Está enjaulada em lembranças
Está presa no passado,
E os ecos
Gritando na sua mente
Não deixaram que ela escutasse
A voz de um pequeno grilo falante.

Mas há um motivo
Para ela estar aqui,
Quando nesse meio fio ela senta...
Em meio à GO-060;
Ela vai começará essa história
De novo...

Dará um final feliz
Para uma história triste:
Virará essa página.

Porque todos os sonhos
Podem se tornar possíveis...
Todas as estradas podem ser trilhadas.


Farol

Farol

Estou ainda muito distante
Você quase se forma no horizonte
Estou a Te imaginar neste instante
Estou a andar
Mas a Sua sombra nesse crepúsculo
É a única coisa que posso alcançar,
Por algum tempo
Eu estarei retirado na penumbra
Eu estarei caminhando na Sombra.

Passam segundos como séculos
Até o crepúsculo acabar
E não há a Sua referência
Para me nortear
Não tenho nada
Para me mostrar
O rumo certo a trilhar
Começo então a me desesperar
Suar,
Delirar,
Adoecer.

Então,
Por que não cure-me desta escuridão?
Me liberte dessa solidão
Toque-me!
Me cure dessa dor.

Surge um cativante sorriso do dia
Que graças às minhas presses
Trás minha cura
O antídoto para minha amargura
Me refaz as energias
Para mais uma aventura.

Agora com Sua forma já perceptível
Mesmo ao longe irresistível
E é incrível...
O sorriso que se faz dia
Quem diria que viria
Eles saírem de Seus lábios
Os fios de luz dos seus cabelos
Esvoaçantes nos meus dedos
A luz do meu sol
Que aponta o meu caminho.

Então,
Curou-me desta escuridão
Me libertou dessa solidão
Tocou dessa dor
Catarse és seu amor.

Não diga o que eu
Não possa conseguir
Não vá aonde
Eu não possa ir
Aponte para onde eu devo prosseguir
E que tenha sempre
A Sua imagem para seguir
Eu achei meu caminho
Quando vi Seus olhos,
Segui-los-ei onde quer que for
Mostre-me o que tenho que fazer.
Para te achar
Não importa o que apareça no caminho
Para te alcançar
Para ao seu lado farei
Qualquer coisa para estar
Qual é o preço
E as provações
Que se devem pagar
Para poder te amar?

Então,
Curou-me desta escuridão
Me libertou dessa solidão
Tocou-me
Me tirou dessa dor
Catarse és Seu amor.

E achei meu caminho
Quando vi Seus olhos
Segui-los-ei onde quer que for.

Para que chorar,
Quando posso rir?
Para que parar
Se estou tão feliz a te acompanhar?
Lhe tocar, te sentir
Os fios de luz dos Seuselos
Esvoaçando nos meus dedos.

Catarse curou minha dor
Catarse és Seu amor
Catarse é o nome
Do farol que mostra
Meu caminho,
A luz de meu sol
Que aponta o meu destino
Ilumina o meu caminho.







segunda-feira, 9 de maio de 2011

Play (Bad) Boy

Play (Bad) Boy

Um cérebro pouco oxigenado
Sangue frio corre nas veia
Em meio a hormônios
Emprestados por algum eqüino,
Quem sabe um parente distante?
(Ou não...).

Um pensamento maluco lhe passa à cabeça,
Sente em sua mão umas coceiras
Sangue corre quente em suas veias,
Ele quer bater em alguém
Alguém que ele não conheça.

Tunado para dar potência
Batendo e ofendendo
Com violência,
Ser o “top” e transparecer
Demência,
Queimando o pouco dos seus neurônios.

Com muito estilo
Ser mais um “almofadinha”
Sem consciência,
Ele quer bater em alguém
Alguém que não o conheça
E que não o reconheça;
Porque papai já pagou...
Fianças demais.

Deixou seu cérebro
Na compostagem,
Ele está na moda
Isso lhe uma vantagem,
O que lhe importa
É a imagem
Fazer sacanagem
De toda “roda de pessoas”
Ele é o cara
O resto é lixo
Ele é foda.

Vê se acorda
Ele não faz nada
E nunca fez
É você que atrapalha,
Você é o lixo...
A tralha.

O que importa
É a imagem
Ele quer fazer sacanagem
Ele é mais um
Pseudo “macho dominante”
Atrás de uma
Fêmea fértil e provocante.

Marionete

Marionete

Deixe cair,
Deixe virar de cabeça para baixo,
Deixe desperdiçar,
Deixe queimar,
Deixe sufocar,
Deixe enforcar,
Deixado:
Enquanto com outro...
Ela vai brincar.

Faça-lo rir
Faça-lo sentir
Faça-lo acontecer
Faça-lo dizer
Faça-lo viver,
Como um ventríloquo faz...
A um boneco.

Eu morro cada vez mais,
Sempre um pouco mais...
Cada vez que você abre a boca:
Essa sua língua envenenada
Essa sua emoção oca
É como uma gangrena
Que me envenena
Que me condena...
Ao fracasso;
Eu piso num estilhaço
Que me deixa uma cicatriz.

Como ela pode ser tão gélida?
Por que ela achou graça
Enquanto eu sangrava?

Eu piso num estilhaço
Que me deixa uma cicatriz,
Ela finge preocupação,
Grande dissimulação
Que atuação!
Uma perfeita atriz.

Eu lhe vi sem proteção na nevasca,
Cedi-lhe meu lugar na fogueira;
Foi a soma de todos os meus medos:
Você me jogou,
Me deixou:
Naquela nevasca
Naquele frio
Você nunca precisou de ninguém
Apenas alguém
Para servir de muleta.

Com a garganta pendurada,
Com o nó me apertando,
E você parada, calada.

Havia nela algo que me magoava
Algo que me matava
Algo que me desacreditava
Agora me condenava
Me descartava
Me deixou para morrer
Tem algo novo para usar
Tem uma nova marionete
Para se entreter.