inteiros e Frações

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domingo, 22 de julho de 2012

Roseira de Vidro

Roseira de Vidro

Assim como tudo que já foi lindo
E o tempo leva a beleza;
As nossas rosas estão hoje falidas
E todas as suas pétalas caídas;
 Como tudo que um dia começa...
Um dia terminou.

Nosso amor que se finda
Deixa as tais pétalas falidas
E persistem as dores de espinhos
Coleções de feridas já conhecidas.

Eu estilhacei paredes de vidro...
Que estavam nos separando,
Mas nunca pensei que seus estilhaços
Poderiam estar um dia me machucando.

Eu nunca pensei que as rosas que nos jogaram...
Estivessem tão cheias de espinhos;
E por qual motivo queríamos tanto colecioná-los?
E ainda fazer questão e insistir...
Que todos eles estivessem a nos ferir.

Há sangue nas minhas mãos 
E não é só meu,
Alguns estilhaços estão intrinsecados em sua epiderme...
Não são só seus.

Há espinhos cravados em ti
E não são só teus,
Conceda créditos grande parte destes
Certamente a minha pessoa.

Esse sangue nas minhas mãos denota crime,
Tanto quanto os estilhaços na sua mão é a arma;
Ambos culpados do mesmo crime:
Sofrer por amor. 

domingo, 8 de julho de 2012

Verdadeiros Laços de Família

Verdadeiros Laços de Família 

A maior desgraça que acometeu
Foi ter a impura consanguinidade:
O sangue mesmo que o seu.

Minha maior cicatriz, 
A maior vergonha que me abateu
Foi ter a maldita face...
Parecida com a sua.

Toda palavra é um novo ranço,
E com cada frase que dizes que me canso.

Me sinto como o culpado
Que não pode rever a sentença,
Me sinto violentado
Quando defendo minha crença;
Por qual motivo tudo de diferente em mim...
Poderia ser a mais biltre doença?

Eu seria para você tão diferente assim?
Será que conseguem perceber...
Que possa eu ser sua maior chaga?
( E visse versa ).

Meu comportamento fleumático
É profilaxia adequada à todo ato meu que seja...
Psicótico somático
- De mim para ti
(E visse versa);
Tal que seja uma relação deletéria
Uma que assim seja, quintamente qualificada.

Tirarei teu sobrenome das minhas costas,
Para não mais sentir
Estes grilhões que estão a me aprisionar.

Eu aprendo hoje com nossos erros,
Para que com os mesmos
Não cometa nunca, jamais;
E para que meus novos laços de família...
Sejam bem diferentes dos atuais.