inteiros e Frações

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domingo, 6 de janeiro de 2013

Pandêmico Amor

Pandêmico Amor

Febres e ânsias,
Abaixaram suas defesas...
De seu sistema imunosocial;
Se debilita
Perante infecções infinitas.

Sintomático reajuste,
No bater dos corações 
Um grande frenesi
Configurando grave disritmia.

É renascimento do velho
Em novas ações,
Transformando todos os indistintos ruídos
Em novas canções.

Contágio de infectuosidade rápida, 
Ultrapassa fronteiras
Com uma vontade concisa...
Ávida.

Adaptação em organismos novos,
A cada dia se operam sempre para melhor,
Tornando-se sempre maior
Para poder  se dividir e reproduzir,
Se disseminar,
E ainda, eles vão a você infectar.

Não importa qual seja o antibiótico que vá usar,
E nem qual profilaxia possa apresentar.

Meso que não tenha notado,
Ele sempre esteve em você
Oculto e incubado...
Por um longo tempo.

Não importa qual seja o antibiótico que vá usar,
E nem qual profilaxia possa apresentar,
No final das contas 
Um dia ele vai te infeccionar,
E num grande abraço quente,
Ele vai ti fagocitar.

Quando dele estiver já tão doente...
Você vai entender 
E vai até gostar,
Você vai até desejar
Que estivesse a mais tempo doente.

O prazer de se contaminar,
E poder desfrutar...
Desfrutar muito mais tempo...
Deste pandêmico amor.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Sonhos

Sonhos

Os sonhos geralmente podem vir
Quando você dorme,
Porém se fazem presentes
Nunca deixando de convir...
Aos desejos daqueles que os sonham 
Sem ter que dormir.

Há sonhos que acordam durante a noite,
Há sonhos que acordam durante o dia;
Há sonhos de horário comercial,
Há sonhos de ambições, tentações;
A sonhadores das mais díspares intenções.

Sonhos que por quase nada sobrevivem, 
Enquanto outros, além do Agora...
Não mais vivem.

Sonhos nascem e sonhos vivem:
Para cada dez que morrem
Outros cem nascem e vivem.

Em determinados lugares... 
Os sonhos são descartados,
São muito mal alimentados ;
E, abandonados como são, 
Certamente morrerão de completa inanição.

Largados para morrer 
Em uma calçada,
Ejetados por uma janela...
Deixado para morrer
À beira de uma estrada.

Envolto na mais fina seda:
Há sonhos que morrem dignos de velório,
São bem aqueles que fazem seus donos se perderem,
Pois sem eles a vida se torna um imbróglio
Graças aos desequilíbrios.

Cada dia que passa 
Mais e mais destes sonhos se suicidam;
Outros na busca de espaço se trucidam;
Há milhões de sonhos que dormem em mansões...
Enquanto outros passam frio na sarjeta.