inteiros e Frações

inteiros e Frações

terça-feira, 26 de julho de 2011

A sete palmos...

A sete palmos...

A única coisa que quero
É que eles voltem
Para quem os ama
Eu o quero formando-a de novo
Na minha cama.

Pode ser fundo,
Mas ainda possível.

Pode ser esquisito
Até meio incrível
Mas não impossível.

Ela fica melhor
Em seu devido lugar
Eu sei que pode estar
Onde eu possa lhe olhar
Ela é a única coisa
Que eu quero me apegar
E é por isso que fundo
Continuo a cavar.

A porta que se abre
É tanto do meu coração
Quanto o do sepultado caixão,
Estou aqui...
Cavando os ossos
Que um dia foram dela.

Eu estou tão morto quanto ela
Morri no instante em que ela
Parou de respirar.

Agora
Eu sou apenas um
Mais um zumbi a andar
Esperando que ela ao se desenterrar
Também assim possa estar.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Estrelas

Estrelas

Eles são tão bonitos
Com suas plásticas,
Eles levam com si suas suásticas:
Nazismo puritano
Estereótipo humano
Para algo desumano.

É tão fácil
Tão normal, banal
Lhe fazerem de cara-de-pau.

São estrelas
Super estrelas,
Super estrelas cadentes
Para massas carentes.

Eles são seus desejos
Eles são seus anseios
Eles personificam seus sonhos
E seus mentais incestos.

Eles são o truque
De um mágico que te prende
Eles são a doce mentira
Em que você se rende.

Eles te colocam pasmo para observar
Você está a um cubo mágico vislumbrar
De um tipo bem peculiar,
Formato retangular:
Widescreen.

Estranho cubo mágico,
Do qual provem feitiço trágico:
Involução Intelectual.

Mundo cheio de intrigas
Cheio de difamações antigas
Há muito escondido nas entrelinhas.

E tome cuidado com as estrelas
As cadentes lhe miram na hora de cair
Tentando lhe acertar.
As perenes estão ali para lhe usar
Farão de tudo para fazer-lhe acreditar.

Pasmem!
Até as estrelas vão mentir,
As estrelas vão te enganar.  

Segredos

Segredos

Eu descobri a verdade
Olhando através do buraco da fechadura
Através da porta
Sem maçaneta
E nem abertura.

Através do buraco
Da Fechadura
Há um novo campo de visão
Uma arma que quebra
Essa armadura
Revelando o vazio desse ataíde.

Rasgaram o vel
Que havia entre nós
Agora será minha Lua de Mel
Com a virgem Verdade.

Labirinto de mil caminhos
Atravessado em neblina
Encortinado de um vel.

O vento descortina
O que antes estava escondido
Descobre pessoas que faltavam ao seu quebra-cabeça
Tudo a partir disso será compreendido

Não há armadura que sustente
Quando alguém se sente
Incompleto por mentiras
Ditas a todo instante;
Não há forja.

Já é sabido
O seu motivo,
Eu te quero nua
Pois estarei despido
Sem armaduras
Sem segredos.

Não foi dessa vez

Não foi dessa vez

Bem,
Não houve conveniência alheia
Sou um cavalo selvagem...
Indomável!
Sou um rio caudaloso
Inrepresavel!

Eles insultam a minha inteligência
Eu ainda tenho a minha consciência
A minha existência
Não condiz com essa indecência.

O “conforme a musica dançar”
Agora é
O “dançar conforme o que eu tocar”

Em terra de primatas de calças
Quem usa o encéfalo para pensar
O Rei há de se tornar.

Esse veneno de merdas
Em volta de mim
É pois porque eles tentam em vão
Professar o meu fim.

Esse mesmo ritual macabro
a incontáveis gerações disseminando
São quatro temporadas onde dar-lhe-ão cabo.

Bem,
Não houve conveniência alheia
Sou um cavalo selvagem...
Indomável!
Sou um rio caudaloso
Inrepresavel!

Então...
Não foi como outros
Pensavam que fosse.

Então,
Não foi dessa vez.

Castelo de Cartas

Castelo de Cartas

Construído com sensações
Desmoronado com emoções
Inicio precipitado
Final errado.

Tão fraco e intenso
Tão fraco e ingênuo.

E como se acidentar:
“É ciente o modo pelo qual
Se esteve a entrar,
Mas saber-se-á como terminar?”

Aquela intensidade
Força de vontade
Para com algo além de nossa capacidade.

Não se tinha o medo de morrer
Pois era pavoroso...
Não saber viver.

Não esperar
E atropelar
Pés pelas mãos enfiar,
É em cavalos mortos apostar.

Parecia ser fácil:
“Eu dou
Você pega
E visse versa”.

Mas pela primeira vez
O que realmente se fez
E quando disseram:
“Ainda são muito jovens”
Eles estavam com a razão.