Veneno Amargo
Há uma crença
Que cresce com a indiferença,
A apatia que nasceu
Dada à felicidade que apodreceu,
E foi a soberba quem matou.
O orgulho julgou adjetivar
As uvas roxas...
Tão verdes, tão verdes.
Ser tatuado pelas vontades
Que o dia se quis,
Torturado por decisões
Que ao fazer esperançava final feliz.
E poderia ser muito mais...
Do que é,
Mas as juras que se faz
De um futuro alheio a possibilidade de se machucar;
É um impossível concreto demais...
Quando o assunto é amar.
A indiferença
Não deixa olhar para trás,
Ela não permite que se faça diferença.
A apatia que nasceu
Foi através da vaidade que cresceu,
E o orgulho, a este também ajudou a criar
A cada dia lhe fortalecendo.
Perdoar, esquecer, amar...
O final que o fraco esperou pra se submeter?
É preferível que às uvas roxas
Vir a adjetivar estarem ainda tão verdes.
Com o olhar sempre reto,
Com o nariz sempre apontando para o céu.
Ninguém mais chora por você,
Porque ninguém investe
Naquilo que nunca irá crescer.
Ninguém aposta...
Naquele que não quer vencer.