Nos Vales Escuros da Alma
Esperança...
Para um novo começo,
Tempo...
Para esquecer o que conheço,
Distância...
Para fugir do que desconheço.
Perdido em um mundo escuro e silencioso,
Triste e sem vida...
Sufocante e perigoso;
Um cenote tão lúgubre.
Na Noite da Alma há Relâmpagos...
Relâmpagos que cortam os céus como velhas cicatrizes,
E seus Trovões como ameaças urradas de tão distante,
Eles não detém que qualquer um se encante
Mesmo que por um instante,
Só para admirar ou ter pena desse breu imponente...
Eis que é propriedade privada de um ser impotente,
Sim é este...
O mais Infinito mais Escuro e Reticente.
Dê-me esperança...
Para um novo começo,
Dê-me distância...
Para esquecer o que conheço,
Dê-me tempo...
Pra fugir do que desconheço.
O céu de ideias está desligado
E ninguém acende a luz da sala
Para que eu pudesse enxergar a porta;
Esse escuro que dá sono ao corpo,
Preguiça na vontade...
E insônia no espírito desacordado.
Preso em um limbo
Num escuro calado,
Os raios de sol não atravessam...
Meu céu nublado.
A boca que fala
Pode ser perfeitamente...
Um espírito calado;
A boca que beija
Pode ser muito bem...
A boca que deveria ser escancarada.
Nem sempre o bem estar que aparece,
Não é tanto quanto a felicidade que se esquece
Mas a um sorriso ainda parece
(Até quando?)
Eis aqui...
A máscara que acontece:
Como queimadura de eletrexecução:
Queima e destrói
De dentro para fora.