inteiros e Frações

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domingo, 30 de março de 2014

O Que Era e Não É Mais

O Que Era e Não É Mais

Nós vivemos todas as histórias, 
Nós cumprimos as jornadas,
Nós passamos através das sombras,
Nós interpretamos todas as peças de tragédia da vida real;
Nós conseguimos cantar...
Mesmo com todas as mãos que se bem dispuseram a nos enforcar.

Nós vimos o que não queríamos, 
Nós conseguimos viver...
O conto de fadas que não criamos,
Nós conseguimos viver...
Onde a esperança cansou de sofrer;
Nós bebemos venenos de cobra...
Para sangrarmos soro antiofídico.

Nós caminhamos descalços nos espinhos,
Tudo para que pudéssemos estar
No lugar certo para demorar...
Num dispêndio de amores...
Num lugar que pudéssemos chamar de lar.

Nós tateamos próximos às paredes
Em meio a um perfeito breu,
Tudo para ver a vida clara hoje.

Hoje sabendo ser equilibrado e prevenido:
Tenho coração e cabeça nos bolsos,
Este no direito, aquela no esquerdo.

Não me preocupo mais com problemas efervescentes:
Eles se dissolvem logo;
E aquela vida, difícil e pesada...
Arrastada e rastejada,
Agora é leve:
Como o voo de uma borboleta.

Na vida de velório que tinha...
Antes só ouvia sons fúnebres,
Hoje há uma percussão que toca forte:
É um coração,
É o meu coração que, tamborilando, 
Canta a liberdade para quem quiser escutar.

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